quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Terceiro Mês: Parte II

Toda vez, antes de começar a contar mais um pouco da minha caminhada pós-cirúrgica, gosto de conversar um pouco com vocês! Perceberam né?!
Estou cada dia MAIS FELIZ com esse blog, vocês são totalmente carinhosos comigo! Eu sei que os acessos que tenho nesses 2 meses de blog, para muitas outras blogueiras são apenas os acessos do dia, mas isso não me importa! Fico feliz com cada comentário, cada acesso, vocês não fazem idéia da alegria que deixam essa humilde moçinha viu!

Todos os posts anteriores estão AQUI.


O que eu vou contar aqui, se eu deixar minha mãe ler ela vai brigar comigo e dizer que essas coisas não se publica, mas gostaria que vocês soubessem de todos os detalhes para que tenham a dimensão que um descaso médico pode causar na vida de uma pessoa.
Como eu disse no post anterior, eu me sentia muito cansada e dormia a maior parte do tempo. Cada dia mais desanimada, eu passei a cuidar cada vez menos de mim, vivia de pijamas, não penteava o cabelo, não fazia as unhas, não me depilava, e a pior parte, passei a não conseguir escovar os dentes e tomar banho todos os dias.
Cheguei a ficar 15 dias sem lavar os cabelos.
Vergonha de contar isso viu? Mas infelizmente foi a pura verdade.
Era tudo muito cansativo, meus sintomas de boca, mãos e pés tortos e formigando apareciam rapidamente se eu fizesse muito esforço, no meu caso, qualquer esforço era motivo de passar mal.
As náuseas eram cada vez mais constantes, e antes eu andava com uma toalha de rosto, no caso de passar mal, eu produzia muita saliva e babava feito um bebê, e por isso não saía sem a toalha de rosto.
Mas, os enjôos eram tão frequentes que eu comecei a usar toalha de banho, porque minha mãe não vencia lavar as toalhas de rosto.
Eu era o trapo em pessoa, não conversava, só dormia, não comia, mal bebia água.
O Natal já estava se aproximando, e com isso o meu primeiro grande susto.
Descendo as escadas da minha casa, segurando no corrimão, quando estava no último degrau meu joelho falseou e eu caí.
Não sei explicar, mas eu não senti tontura, não estava com náuseas, nada. Minhas pernas simplesmente pararam de funcionar e eu caí.
Graças a Deus, dessa vez eu não me machuquei, foi só uma ralada básica nos joelhos, nada de mais.
Mas, comecei a perceber que estava com dificuldades para me levantar, sem força nenhuma. Então, eu andava feito um robô, com os joelhos totalmente travados para que essa queda não acontecesse novamente.
Outra coisa que percebi também na época é que eu ia menos vezes ao banheiro, mesmo tomando água normalmente (para aquele momento, claro), eu ia no máximo 4 vezes por dia.
Evacuar então, nem se fale. Intervalos de até 15 dias e quando conseguia alguma coisa, era menos que um bebê evacuava depois de uma mamada.
Eu sempre fico bem emotiva no Natal, desde criança, adoro essa época do ano, as pessoas ficam mais tolerantes, educadas e são mais caridosas com quem mais precisa. E em todos os anos, faço um balanço geral do que foi minha vida nos últimos meses que passaram e dessa vez não foi diferente.

De coração, eu não conseguia me enxergar com a saúde estabelecida. Para mim estava tudo em um futuro tão distante que eu preferia dormir para não pensar.



5 comentários:

  1. Oie. Eu tava relutante em fazer esse comentário, porque odeio quando alguém crítica um post meu. Mas como vc sempre pede feedback, vou falar, tá? Mas, olha, é uma opinião exclusiva minha, e numa dessas tem nada haver. É assim: percebi que sua recuperação foi mesmo o verdadeiro inferno na terra, e que vc quer deixar claro isso, pra que, pelo menos, com as suas leitoras, isso não aconteça. Só que vc tá enfatizando demais essa fase difícil, como se não tivesse uma luz no fim do túnel. Daí fico pensando que se alguém tiver passando por uma coisa desse tipo, a pessoa vai perder todo optimismo, sabe? Não fica chateada comigo por dizer isso, tá? Adouro sua forma de escrever, e tô acompanhando ansiosa pra saber da recuperação. Só espero que esse post chegue logo. Bjo!

    ResponderExcluir
  2. Oi Thais! Fique tranquila, pois as críticas que nos fazem melhorar não é mesmo?
    Infelizmente, nessa fase eu não tive uma alegria, um ponto positivo sequer dessa cirurgia. Confesso a você me me arrependo totalmente de ter feito esse procedimento e se alguém perguntar se deve fazer a redução, dependendo do caso direi que não. O que quero passar para as pessoas é que o descaso médico, como o que aconteceu comigo, vira a vida da pessoa de cabeça para baixo, e que nenhum sintoma desagradável é normal. Estou contando todos os detalhes, pq se alguém que fez a cirurgia está passando por algo parecido, que procure outra opinião.
    Quanto ao post das alegrias, em breve virá!
    Um super bjo!

    ResponderExcluir
  3. OI Lindona... Td bem???
    Estou amando .... ja disse isso neh rsrsrs
    Acho que vc esta sendo super verdadeira e isso é o que eu acho mais legal.. a sua sinceridade em contar a todos (se expor) como foi com vc...
    E a cadda semana espero ansiosa o proximo capitulo... rsrsr parece novela.. rsrs
    Super beijos
    Re Cavalli

    ResponderExcluir
  4. Oi Rê! Obrigada querida!!! Que bom que está gostando!!
    Super beijo! :)

    ResponderExcluir
  5. Tem razão. É importante que as pessoas envolvidas com o assunto ou interessadas nele, saibam tuuuudoo o que há pra saber a respeito, seja tudibom ou tudiruim. Tô por aqui! Bjinho!

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...