Agora me contem, o que estão achando de tudo? As pessoas que são "reduzidas" só contam a parte boa né?! As dificuldades ficam esquecidas rapidinho quando subimos na balança e vemos os numeros diminuirem.
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Depois que estava instalada no quarto 1037, com a notícia que eu estava totalmente desnutrida, em um quadro de semi paraplegia e sem previsão de alta, a minha única saída era me dedicar a cada passo do tratamento para que conseguisse voltar a minha vida frenética. Mas eu estava totalmente fora de órbita, não sei se por conta da doença ou por sei lá o quê, eu não tinha noção do que estava acontecendo. Pra mim, correr o risco de ficar paraplégica não era o fim do mundo. Fui eu que escolhi fazer a redução de estômago, eu que escolhi quais os médicos que me acompanhariam (e que merd* de escolha), enfim, eu estava ali porque eu fiz escolhas erradas, e se ficar sem andar era a punição por ser apressada, paciência. Era isso que eu pensava.
Chegou então a segunda-feira, dia do tenebroso exame, eletroneuromiografia. TODO MUNDO, inclusive meu neurologista fofíssimo, disse que era um exame bem chato e nada confortável.
Uma vez eu fui levar minha mãe para fazer esse exame e ela chegou no carro chorando horrores, dizendo que ela tinha feito o pior exame da vida dela.
Então, a Lucimar, outra enfermeira querida, linda e fofa, me levou para fazer esse exame e disse que era meio chatinho mesmo, mas que era rápido. Eu fiquei apavorada, porque eu sentia muitas dores nas pernas e fazer um exame doloroso para mim, naquele momento era desesperador. Cheguei na sala do exame, a Lucimar pediu ajuda para um outro enfermeiro para me colocar na maca, porque eu fui de cadeira de rodas.
Quando cheguei e fui acomodada na maca, o senhorzinho que iria fazer o exame mal olhou na minha cara, não explicou como era o exame e só confirmou os meus dados. Fiquei mais apavorada ainda, porque a Lucimar não ficaria lá na sala. Tentei então puxar a conversa com ele e o senhorzinho começou a ser mais simpático e assim, eu fui me acalmando. Fiz a eletroneuromiografia dos membros superiores e inferiores.
O senhorzinho ligou os aparelhos, pegou uma agulha com uns 10cm, um potinho com água e uma plaquinha com eletrodos.
Ele comecou a puxar assunto, e disse que eu iria sentir uma picadinha quando ele colocasse a agulha em determinados pontos dos meus braços, quando eu menos percebi ele me deu um choque!!!!! Gente do cééééuuu!!! Eu dei um grito! hahahaha
Aí, peguei o jeito, o velhinho me furava com a agulha gigante, depois molhava o eletrodo, apertava um botão insolente no computador e o choque vinha. Deus meu! Que coisa mais desconfortável! Eu acho que fiquei mais assustada do que com dor.
Foi quando ele fez o exame nos braços e começou a balançar a cabeça com sinal negativo. Eu estava tão apavorada que não quis perguntar o motivo da decepção dele.
Ele perguntou qual a minha idade, o que eu fazia, e porque decidi reduzir o estômago.
Quando mais uma vez ele parou de falar, ficou com a cara mais séria ainda e balançou a cabeça com sinal negativo.
O senhorzinho já estava fazendo os exames nas pernas e eu NÃO SENTI NADA!
Foi aí que perguntei para ele se nos membros inferiores ele não colocaria a agulha, e ele disse: "Eu já coloquei". Gente, é impossível você não sentir aquela agulha monstruosa te furando.
O que aconteceu? Entrei em uma crise de choro, parecia a Maria do Bairro chorando incansávelmente. Não conseguia acreditar que eu não senti os choques, muito menos as agulhadas. Depois de tudo isso entendi porque o velhinho examinador balançava a cabeça.
Saí da sala e ele me desejou sorte.
Estava precisando mesmo. Fui conversando com a Luci e ela me acalmando, tadinha, imagina, tem que aturar uma louca chorando o tempo todo. Cheguei no quarto super arrasada, contei para mamys e ela se manteve na elegância, dizendo que tudo iria ficar bem e que ainda iríamos ouvir que era reversível.
Todas as enfermeiras fofas foram lá durante o dia me consolar, dizendo que muitas vezes era normal, mas que não era para eu sofrer antecipadamente. Mas eu não conseguia gente. Era mais forte que tudo. Sabe porque? Porque a ficha caiu. Eu realmente poderia pagar um preço muito alto por tudo.
Meus amigos e familiares iriam me visitar e saíam de lá chorando, arrasados, porque tudo estava indo contra a minha recuperação. E pra mim, a vida que tenho hoje, um ano depois era muito distante.
Eu só saberia o resultado do exame no dia seguinte, quando todos os meus super médicos heróis viessem.
O dia seguinte chegou e o Dr. Luis Fabiano foi confirmar a notícia.
Eu estava com Polineuropatia carencial grave.
Só me restava rezar.
nossa!!!!!
ResponderExcluirCada capítulo desta história me deixa impressionada. Que sufoco vc passou, né? Ainda bem que sabemos que você saiu desta!
ResponderExcluirPois é! Foi um sufoco mesmo! Mas, Graças a Deus, no final deu tudo certo!!!
ResponderExcluirBeijosss!
Nossa tati quero saber o resto dessa historia quando vc postará o proximo capitulo
ResponderExcluirPoxa, Tati, vc passou por uma barra...
ResponderExcluirSó uma coisa que queria entender melhor a polineuropatia você desenvolveu por não conseguir se alimentar direito no pós-cirúrgico ou por algum erro médico?
Mas, sua primeira equipe médica foi muitoooo displicente... aff... ninguém merece!!!
Ainda bem que você está bem!
Beijos
Bela
http://emagrecendobybeauty.blogspot.com
Oi Bela!
ResponderExcluirEu adquiri a polineuropatia porque eu não comia praticamente NADA durante o dia, e por isso entrei em um quadro gravíssimo de desnutrição, e como os nutrientes não eram absorvidos pelo organismo afetou meu sistema neurológico dos membros inferiores.
Mas agora estou zero bala!!! :)
Beijos,
Tati
Meninas, o próximo capítulo sai na segunda-feira!!! Aguardem!!!
ResponderExcluirBeijos,
Tati