sábado, 26 de maio de 2012

Quinto Mês: #5

Oi pessoal, tudo bom com vocês?!
Estou aqui para escrever mais um capítulo pós-cirúrgico!!! 
Quero dizer escrever também que estou imensamente feliz em saber que estou ajudando muitas pessoas a tirar suas dúvidas sobre a cirurgia, alimentação e os cuidados que todos devem ter nessa fase delicada!
Muitas pessoas me escrevem nos comentários dos videos que publiquei no meu canal do youtube que estão fora do peso e que tem muitas dificuldades para emagrecer. Gente, eu sei exatamente como é! Eu passei por isso! Mas, depois de muito tempo percebi que quem manda em tudo é a nossa cabeça! Temos que ser firmes em nossas decisões e geralmente isso não acontece porque enganamos nós mesmos e no fim a gente solta um: "Ah, amanhã eu me alimento melhor....". Está tudo errado. Temos que começar a comer melhor todos os dias, os nutrientes de uma alimentação saudável faz toda a diferença na nossa qualidade de vida! Não estou dizendo para vocês não comerem um pedaço de pizza e não tomar guaraná, e sim para serem comedidos na decisão. 


Sejam sensatos com seu corpo!


A redução de estômago não é um milagre da medicina para emagrecermos e sim um empurrão (doloroso) para que sejamos obrigados a comer melhor. Essa semana uma leitora me escreveu dizendo que havia feito a redução a poucos dias e disse que está difícil se manter na dieta líquida, e eu disse a ela que a fase das restrições serve para darmos valor as coisas pequenas que fazíamos no dia a dia e comer com muita consciência dali para frente. E é verdade!!! Ela contou que sente falta de dar aqueeeeela golada de água. Eu senti exatamente isso! Como que 30ml de água vai hidratar um corpo ainda fora de forma?! E com isso, vamos aprendendo a cada dia, a cada liberação na dieta novos sabores dos alimentos, porque começamos a dar atenção a eles.


Bom, escrevi demais né?! Vocês querem é saber o que me aconteceu depois! Em breve começarei a contar a minha vida fora do hospital. 


Quem ainda não leu os capítulos anteriores dessa novela, é só clicar AQUI!!!!


Os dias foram passando no hospital e meus médicos começaram a avaliar a possibilidade de me dar alta. No começo, quando recebi essa notícia eu fiquei tão feliz que não me aguentava por dentro. Mas, depois eu comecei a avaliar como seria difícil sem uma equipe me ajudando em tempo integral, seria só minha mamys, meu irmão e eu. Então, resolvi me esforçar mais e mais na fisioterapia. Todos os dias eu recebia visitas, poxa vida isso ajuda muito na reabilitação de um paciente!!! O carinho dos meus familiares e amigos foram primordiais nessa fase!
Em uma das visitas das minhas amigas, Glauce, Julianinha (vulgo Velma), Mauren e Ana, a gente deu tanta risada, falou tanta besteira que a minha enfermeira fofíssima Angela veio dizer que o paciente do quarto ao lado estava reclamando das nossas risadas, mas que ela já havia dito que rir também é um ótimo medicamento! Poxa!!! Que maneiro né?! Elas jantaram a comidinha do hospital, comeram a sobremesa e ainda ficaram para o chá da noite!!! Olha, foi demais de divertido!!!! Eu amei!!!






O Fê e eu, nessa época estávamos nos acertando, conversávamos muito, todos os dias. Ele realmente é meu príncipe!!! Sempre muito atencioso e paciente, saída do trabalho e corria para me ver antes de ir para a faculdade! Tudo de mais difícil que eu passei na minha vida, mesmo sem estarmos "oficialmente" juntos em alguma dessas situações, ele estava ao meu lado. Por isso não tenho dúvidas de que ele é o homem que quero passar o resto dos meus dias!! 






Bom, a equipe médica começou a pedir que eu saísse do quarto, que era para eu dar uma volta pelo hospital, ver gente, que isso ajudaria a me incentivar a sair daquele estado. Mas eu tinha vergonha de fazer isso durante o dia porque mesmo você estando em um hospital, as pessoas ficam te olhando, medindo, com olhares preconceituosos. Eu sentia isso a cada vez que saía do quarto para fazer algum exame. Era chato. Me deixava triste, e por isso sempre preferi ficar na cama e com as grades levantas. Não sei se era uma maneira de tentar me preservar, mas me sentia em uma redoma de vidro e isso me confortava. Mas, a noite, principalmente quando era o plantão da Andréia, minha enfermeira maluquets que eu AMO, com a ajuda de mais um enfermeiro, eles me colocavam na cadeira de rodas e eu saía dando voltinhas pelo andar!!! Ia até a salinha de reuniões de troca de plantão ver o que os médicos escreviam no quadro sobre minha evolução, ia até a copa, olha eu fazia uma algazarra por lá! E como sempre era depois das 21h, as visitas já haviam saído e não tinha ninguém me olhando torto. Era engraçado demais! Ahhh, fora as maquiagens que a Andréia e eu fazíamos para tirar fotos! Pura diversão!!!


O quarto que eu estava já fazia mais de 30 dias, era um quarto com a sacada virada para a rua Barão do Bananal no bairro de Perdizes, aqui em São Paulo, não se ouvia nada, era uma tranquilidade sem fim! Eu amava!! Até que depois que o paciente fica mais de 30 dias no quarto, ele precisa ser removido temporariamente para um outro leito para que a equipe de limpeza faça uma super faxina de esterilização, e por isso, me avisaram que eu passaria uma noite em um outro leito, no mesmo andar, só que com a sacada virada para a Av. Pompéia. Uma avenida super movimentada no bairro. Eu acredito que nessa época eu já estava começando a ficar deprimida, porque tudo me fazia chorar. Na verdade, o quarto que eu estava eu amava demais sabe porque? Porque eu via o por do sol todos os dias!!! 






Era a única fonte de vida fora do hospital que eu tinha. Não queria sair de lá por nada nessa vida. Então, falei com todos os enfermeiros chefes e disse que eu sairia do quarto para fazerem a higienização, mas que voltaria assim que terminasse e que não era para nenhum paciente ser colocado lá porque era meu quarto. Pois bem, quando saí do quarto começou o chororô... Fiquei triste demaaais... A assistente social veio falar comigo, tentou me acalmar e disse que em hipótese alguma aquele leito seria de outra pessoa. 
Eles aproveitaram minha saidinha do quarto e fizeram o comercial do São Camilo lá. Poxa! Tinha um paciente de verdade lá (tipo, eu mesma! hehehe) porque não fizeram um comercial real?! hehehehe
E no dia seguinte, a assistente social voltou e disse que eu estava liberada para voltar ao meu quarto!!! Aí São Camilo! Que equipe maravilhosa viu!? Não tenho palavras para agradecer tanto carinho que recebi nessa fase! Aliás, recebo até hoje quando vou as minhas consultas!!! 


Os dias para a saída do hospital começam a ser contados!!!!

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