quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Terceiro Mês

Vamos começar agora mais um mês pós-cirúrgico, porque por enquanto na enquete aqui do blog essa estória está sendo a mais cotada!
Então, não se esqueçam sempre de comentar aqui nos posts o que estão achando e se o tempo for curto, não se preocupem, no final de cada post tem uma enquete bem simplinha para apenas clicar se gostou ou não! Mamão com açúcar ein?!

Caso você esteja chegando agora aqui no blog, obrigada pela visita! E se você já é leitor e perdeu algum capítulo dessa novelinha, CLIQUE AQUI para ler o que aconteceu antes.






Frutas. Era a única coisa que eu conseguia ingerir, e tinha que ser bem azeda, nada de adoçante, e se a fruta fosse doce demais era mais um motivo para despertar as náuseas que estariam adormecidas.
Parei de falar com os meus amigos e familiares, não atendia mais o telefone, não respondia SMS, não saía de casa, ficava deitada o dia todo e dormia a maior parte do tempo. Era um sono incontrolável, parecia que eu não dormia há tempos. Ou seja, me afastei de tudo e de todos por pura fraqueza.
Eu me cansava muito rápido, perdia o ar e para recuperar o fôlego demorava mais do que o normal. Para lavar os cabelos eu demorava pelo menos o dobro, porque ficar com os braços para cima era insuportável, para escovar os dentes eu tinha que sentar, porque eu não conseguia ficar mais 2 minutos em pé.
Passar calor então, eu não conseguia nem imaginar. Para se ter uma idéia, quando eu passava calor, minha boca, minhas mãos e meus pés formigavam demais, minha boca ficava torta, minha mão contraía tanto que meus dedos fechavam e os meus pés ficavam tão duros que eu não conseguia andar.
Além das náuseas constantes eu tinha que fugir do sol, ou de lugares quentes. Imaginem se eu conseguia? Claro que não! E sabem porque? Porque era Dezembro. Eu nunca ia achar um lugar fresquinho fora da minha casa, então, resolvi não sair mais dela.
Tudo ficou de lado por conta do estado de calamidade que eu me encontrava.
Quando alguém vinha me visitar, eu recebia a pessoa deitada na cama ou deitada no sofá quando minha mãe insistia muito. E para não me entregar, sempre pensando que eu poderia conseguir melhorar, eu ia para a sala e passava o dia lá.
Com as pernas cada dia mais fracas eu comecei a ficar com medo de descer as escadas segurando só no corrimão, então eu comecei a descer as escadas sentada, e para andar eu "travava" os joelhos porque eu tinha muito medo de desmaiar, afinal de contas, ir de um cômodo a outro em casa era uma tarefa advanced.
Minha mãe começou a ficar bem brava, porque do jeito educado e gentil ela percebia que eu não melhorava, então ela resolveu utilizar o método "tropa de elite" para ver se eu me esforçava mais.
Mas gente, vocês não tem idéia do que passei; se era triste para as pessoas que gostam de mim, imagina para mim mesma? Era humilhante. Eu não conseguia aceitar o que eu estava passando e tentava de TUDO para melhorar.
E para subir as escadas eu tinha que esperar meu irmão chegar em casa para que ele me ajudasse a subir. Quando ele saía aos finais de semana eu não me atrevia sair do quarto.
Para me animar eu tentava pensar em comidas gostosas que eu amo, como comida japonesa por exemplo, e só de pensar em um sashimi, pronto! Era mais um motivo para uma nauseada básica. Uó.
E como vocês sabem, também adoro filmes, toda vez que minha mãe ou meu irmão saíam eles traziam um filminho e eu não conseguia nem assistir. A TV ficava desligada a maior parte do tempo.
Minha afilhada começou a ficar com medinho, porque minha cara estava derrotada, e acho que ela assustava, então, ela parou de vir até no meu colo. Menos 1000 pontos para a cirurgia.
Mesmo sem restrições alimentares, já que no terceiro mês segundo a nutricionista uó, estômago e intestino estão totalmente cicatrizados, ela dizia que eu não poderia comer por um bom tempo açúcar, comida com mais condimentos e excesso de óleo porque tudo me daria dumping. Agora me contem, como eu poderia descobrir que alimento me faria mal se ela me proibia de comer tudo?


Tudo muito difícil e triste para mim.

2 comentários:

  1. Pelo que li ate agora, já faz um ano que você se operou, como esta agora.
    Sua historia ajuda muito a quem esta pensando em fazer a cirurgia.

    Obrigada.

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  2. Oi Silvia!
    Isso mesmo, eu fiz a cirurgia a 1 ano e 1 mês para ser mais exata. Mas já adianto a você que Graças a Deus estou melhorando a cada dia. Ainda não estou 100% porque o dano foi muito grande, mas a recuperação tem sido acima da média.
    Muito obrigada por visitar o blog!!

    Beijos
    Tati

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