terça-feira, 27 de setembro de 2011

Segundo Mês

Vocês leram que o primeiro mês da minha cirurgia foi um pouco agitado né?! (Se não leram eles estão AQUI, AQUI, AQUI e AQUI)
Vou contando aos poucos como tenho feito, assim não fica tão dramático. E assim fica um suspense para os próximos capítulos né! hehe

Vocês tem comentado pouco por aqui minha gente! Quero saber se estão gostando!!! Se eu preciso fazer um curso literário, ou se estão lendo só porque me conhecem...rs Sei lá, queria a opinião de vocês, porque logo mais o blog tem 1 mês e ainda estou insegura, não quero fazer papel de ridícula. Me ajudem tá!?

E então, chegamos ao segundo mês de cirurgia!!! (Estão animados?! Simmm!!!)
A primeira semana desse segundo mês, continuava com aquela sensação de que não estava no meu estado "normal". Mesmo eu sendo meio lelé da cuca!
Vou tentar explicar a sensação que eu tinha; sabe quando a gente come muito, mas muuuuuito mesmo? A gente fica meio mole, não quer nem sentir o cheiro de comida, o abdomen fica duro, e você fica arrotando o tempo todo. Bom, era desse jeito que eu me sentia quase o dia todo. Chato né?!

Eu tinha consultas periódicas com nutricionista, psicóloga e com a assistente do meu cirurgião. A nutricionista deixou bem a desejar viu. Uma pena. As consultas pareciam ser um disco gravado, e que ela repetia a mesma coisa para todos os pacientes. Eu tinha vontade de tomar sorvete por exemplo, o molico, claro que eu não ia tomar um picolé inteiro ou pote de sorvete de massa, até porque não cabia.
O Molico tem zero gordura e zero açúcar, que são as duas coisas que mais causam a síndrome de dumping no paciente reduzido.
Sei que os médicos devem alertar seus pacientes sobre todos os riscos por menor que seja. Aliás, acho isso fundamental. Mas, amedrontá-los não. Tudo, mas tudo que eu falava a nutricionista me dizia que eu poderia ter dumping. E como até aquele momento eu não tinha ainda boas memórias dessa redução, nunca quis arriscar. 
Eu só comia o que ela colocava no cardápio. Se no cardápio tinha atum, salmão e não tinha Corvina, eu não comia. Mesmo sendo da mesma família de alimento. Era bem chata com isso, minha família ficava apavorada. E minha prima Wanessa, dizia que eu que tinha que abrir o meu leque de alimentação para saber como meu organismo iria reagir, que não era para ser tão criteriosa, sendo que quinzenalmente meu cardápio já aumentava.  E sala de espera de consultório é uó não?! Todo mundo quer saber da vida do colega operado, se você passou mal ou não, porque você está com aquela cara destruída e tals. 
Esse foi um dos meus erros também, de querer saber a reação do outro, que em 100% dos casos foram mais tranquilos que os meus.

Vocês devem estar perguntando, o que é síndrome de dumping? Quando terminar de ler o post vou no google saber! rs 
Mas eu faço tudo completinho aqui para vocês né! Não precisa correr não!! Eu conto por aqui! 

A síndrome de dumping é uma resposta fisiológica devida à presença de grandes quantidades de alimentos sólidos ou líquidos na porção proximal do intestino
Conjunto de sinais e sintomas decorrentes do esvaziamento gástrico precoce, observada nos pacientes submetidos à gastroplastia. Existem basicamente dois tipos:

Precoce: ocorre em até 30 minutos. O conteúdo hiperosmolar da dieta alcança a luz intestinal de forma muito rápida. Isso desencadeia uma translocação de fluídos para a luz intestinal, ocasionando uma resposta vaso-vagal, que se manifesta com taquicardia, sudorese, sensação de morte, sonolência, diarréia, etc. O uso de açúcares neste paciente piora o quadro.

Tardio: ocorre após 2 horas. Após o alimento alcançar o intestino e ser absorvido, o pâncreas produz uma grande quantidade de [insulina], o que leva o paciente a apresentar o quadro de hipoglicemia. O tratamento neste caso é realizado a base de açúcares.




Tem paciente que não tem dumping ou não percebeu ainda qual o tipo de alimento que ocasiona esse sintoma. É muito particular. A pessoa precisa ficar atento ao que ingere para que faça sua própria avaliação. Se vale a pena ingerir um alimento que não sentirá o sabor por mais de 1 minuto e passar mal por 30.
Eu tenho dumping precoce quando eu como muito doce. Me da calor, fico com cólicas e me da diarréia. Mas não é sempre. Hoje eu dia eu detono 3 bis numa boa! Nhác!!

E por isso, com meu medo de passar mal, cada dia eu comia menos. Mesmo tendo espaço no estômago, eu parava na metade por isso. Eu já havia sofrido muito no primeiro mês e pensava que assim, poderia evitar o famoso dumping. E não é nada disso. A minha prima Wan passa mal com alface! Zero gordura, zero sabor, zero tudo! 
Temos sim, que tomar muito cuidado nos primeiros meses por estaremos ingerindo alimentos por nós conhecido mas não pelo novo caminho que ele passará.

Mas só soube o que era dumping 6 meses depois. Fui bem comedida né?! Muita disciplina! 
No retorno com a médica assistente, pedi mais uns dias de licença médica porque eu ainda não me sentia bem, e não é preguiça de trabalhar não viu?! Era total indisposição, e no meu trabalho ou você se doa 200% ou eu não ficaria satisfeita com o resultado final.
Foi aí, no começo de Novembro que fiquei mais 15 dias em casa. O desespero começou a tomar conta de mim. Porque queria muito minha vida frenética de volta. E cada dia isso ficava mais distante...

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